segunda-feira, 25 de março de 2013

Artigo: Fracasso escolar e a patologização da alfabetização


Fracasso escolar e a patologização da alfabetização[1]

School failure and the pathologizing of alphabetization
_____________________________________
MARTA GINÓLIA BARRETO LIMA[2]
MICHELLE LIMA[3]
SAMMELA REJANE DE JESUS ANDRADE [4]
RAQUEL MEISTER KO. FREITAG[5]
Resumo
A educação no Brasil passa por problemas e o fracasso escolar reflete de maneira contundente nas avaliações oficiais. Discutimos, neste texto, a tendência de se atribuir patologias às crianças que não obtém sucesso nos índices de avaliação, no que se denomina de processo de patologização da alfabetização.
Palavras-chave: fracasso escolar; alfabetização; patologização.
Abstract
It’s fact that education in Brazil is going through problems and the school failure reflects a blow in the official ratings. In this text we discussed the tendency to attribute diseases to children who are not successful in the ratings, in the so called “pathologizing the education”.
Keywords: school failure; alphabetization; pathologizing.

Introdução
Todo cidadão, por mais que não tenha frequentado uma escola, muito menos tenha aprendido a ler e a escrever, está inserido em um mundo letrado. Essa realidade letrada faz com que os analfabetos tenham que interagir com o mundo ao seu redor e procurar estratégias para fazê-lo. Em nossa sociedade, fica a cargo da escola proporcionar o aprendizado da leitura e da escrita. Mas será que o acesso à escola garante o domínio dessas habilidades? A mídia sistematicamente alardeia que não; a sociedade vive um momento em que a educação é colocada em xeque. Afinal, segundo dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), de 2000, apenas um em cada quatro estudantes lê um texto e consegue entendê-lo.
Com o intuito de acompanhar como se dá e resulta o processo de aprendizagem nas escolas do Brasil, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) através do Instituto Nacional de Estudos de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) vem realizando avaliações em todo o território nacional, a fim de monitorar a realidade educacional do país; os resultados destas avaliações são tomados como base para a reestruturação do processo, possibilitando a proposição de estratégias pedagógicas que possam proporcionar melhorias no processo de ensino-aprendizagem. Os resultados obtidos até agora, porém, não são satisfatórios. Vejamos estes resultados, particularmente em Itabaiana.
Tabela 1: Médias de proficiência referentes à Prova Brasil de 2009
Fonte: INEP/MEC
Brasil
Estado: Sergipe
Município: Itabaiana
2009
2009
2009
236, 96
228, 23
239, 34

A Prova Brasil e SAEB[6] são dois exames, complementares, que têm como objetivo avaliar o ensino oferecido na educação básica do Brasil. As provas contemplam as habilidades envolvidas nas áreas de conhecimento de português (leitura) e matemática, e o resultado é divulgado por país, estado, município e escola. Os dados da avaliação de 2009, apresentados na tabela 1, em uma escala de 1 a 10, colocam o Brasil, o estado de Sergipe e a cidade de Itabaiana em nível 5. Será que este resultado é suficiente e satisfatório? Certamente não.
Outro diagnóstico nacional, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do País (IDEB)[7], parte da premissa de que, para que uma escola cresça, é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente à sala de aula. É preciso que todas as crianças e adolescentes tenham acesso à escola, não desperdicem tempo com repetência, não abandonem e, no final de tudo, aprendam. O IDEB parte das metas que são estabelecidas através do estágio de desenvolvimento educacional de cada unidade de ensino, que visam à diminuição de desigualdade entre elas. A meta a ser atingida, de acordo com o Plano de Desenvolvimento da Educação, é um IDEB de 6, 0 para as séries iniciais e de 5, 5 para as séries finais, indicadores que correspondem ao sistema educacional de países desenvolvidos.
Tabela 2: Médias obtidas no IDEB de 2009
Fonte: INEP/MEC
Brasil
Estado: Sergipe
Município: Itabaiana
2009
2009
2009
3, 7
2, 8
3, 0

A tabela 2 mostra explicitamente a realidade educacional do Brasil e, particularmente, a realidade educacional itabaianense. Por se tratar de uma avaliação da educação básica, o resultado permite observar o quanto a base educacional, está com problemas. Assim, não há a possibilidade de obter como produto cidadãos alfabetizados e letrados, pois para que o sistema funcione, em seu sentido pleno, a base tem de estar fortificada. Ademais, é importante destacar que a média em países desenvolvidos é 6,0. Ao compararmos com a média do Brasil que está em 3,7, observa-se o quanto o processo de alfabetização precisa mudar para atingir o resultado desses países até 2022, que é a meta do governo brasileiro.
Os dados elencados mostram que a educação no Brasil atravessa por problemas: o fracasso escolar reflete de maneira contundente nas referidas avaliações. Mas como entender esse fracasso? Há muitas hipóteses para se buscar possíveis culpados. O projeto Ler+Sergipe: leitura para o letramento e cidadania (Observatório da Educação Capes/Inep), ao qual este trabalho está vinculado, vem investigando as causas do fracasso escolar, particularmente no que tange ao aprendizado inicial da leitura. A formação dos professores (ROSÁRIO, 2012) e a correlação entre as avaliações e as competências desenvolvidas (ALMEIDA, 2012) são objeto de investigação, a fim de verificar se o fracasso na educação está relacionado à perspectiva da baixa qualificação do ensino ou à inadequação dos instrumentos de avaliação.
Atualmente, entretanto, observa-se uma tendência crescente, principalmente nas séries iniciais, de se atribuir patologias às crianças que não obtém sucesso nos índices de avaliação. Passou-se a “medicalizar” o fracasso, interpretando o desempenho indesejado do aluno como sintomas de possíveis doenças a serem diagnosticadas, sob o rótulo de “distúrbios de aprendizagem”. É objetivo deste trabalho, pois, tecer reflexões acerca do processo de patologização da alfabetização, focando especificamente o que preconizam os documentos oficiais que orientam as avaliações de diagnóstico do desempenho escolar. Antes, no entanto, é preciso apresentar brevemente os distúrbios de aprendizagem, apontando de que modo seus sintomas podem ser confundidos com fracasso escolar.
1.     Distúrbios de Aprendizagem
O rótulo de “distúrbio de aprendizagem” é usado para designar comportamento de crianças que apresentam dificuldades de aquisição de matéria teórica, apesar de apresentem inteligência normal, e não que demonstrem desfavorecimento físico, emocional ou social. De acordo com estudos da psicopedagogia, crianças que apresentam este tipo de distúrbio não são incapazes de aprender, pois as dificuldades apresentadas por elas não caracterizam uma deficiência irreversível, mas indiciam apenas uma forma de imaturidade que requer atenção e métodos de ensino apropriados. Por isso os distúrbios de aprendizagem não devem ser confundidos com deficiência mental. Dentre os distúrbios de aprendizagem mais comuns relacionados ao processo de alfabetização podemos relacionar a dislexia e a disgrafia.
A dislexia refere-se à falha no processamento da habilidade da leitura e da escrita durante o desenvolvimento. Manifesta-se como um atraso no desenvolvimento ou como a diminuição em traduzir sons em símbolos gráficos (relação fonema-grafema) e compreender qualquer material escrito. A patologia é desdobrada em três tipos: visual (mediada pelo lóbulo occipital), fonológica (mediada pelo lóbulo temporal) e mista (com mediação das áreas frontal, occipital, temporal e pré-frontal). Já a disgrafia é uma deficiência na linguagem escrita, mais precisamente na qualidade do traçado gráfico, sem comprometimento neurológico e/ou intelectual. Nas disgrafias, também encontramos indivíduos com níveis de inteligência acima da média, mas que por vários motivos, apresentam escrita ilegível ou lenta. A ‘letra feia’ (disgrafia) está ligada às dificuldades para recordar a grafia correta para representar um determinado som ouvido, ou elaborado mentalmente. A criança escreve devagar, retocando as letras, e realizando de forma inadequada as uniões entre elas. A disgrafia, por sua vez, está relacionada à má organização do espaço temporal, fazendo com que uma organização de caderno, por exemplo, seja ‘inexistente’ (usa espaços inadequados entre as palavras, margens inexistentes, letras deformadas, escrita ascendente ou descendente, entre outros).
Dados os alarmantes índices de insucesso, como ilustrados na introdução deste texto, vêm havendo um aumento nos “diagnósticos” de distúrbios de aprendizagem:
Tornou-se comum, em nossos dias, ouvir diagnósticos na área de leitura e escrita como Dislexia, Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade, Transtorno de Leitura, Distúrbios de Conduta, Dificuldade de Aprendizagem. Patologias que antes eram conhecidas por poucos, agora são divulgadas pela mídia e por profissionais da saúde e educação (ANTONIO, 2010, p. 406)

Este aumento de diagnósticos é resultado de um fenômeno, que vem sendo denominado de patologização da educação. Collares e Moysés (1994) discorrem sobre este fenômeno, apontando o processo de transferência da responsabilidade do fracasso escolar para o aprendiz, em uma linha biologicizante, na qual o problema precisa ser medicamentalizado.
A aprendizagem e a não-aprendizagem sempre são relatadas como algo individual, inerente ao aluno, um elemento meio mágico, ao qual o professor não tem acesso - portanto, também não tem responsabilidade. Ante índices de 50, 70% de fracasso entre os alunos matriculados na 1 á série da Rede Pública de Ensino brasileira, o diagnóstico é centrado no aluno, chegando no máximo até sua família; a instituição escolar, a política educacional raramente são questionadas no cotidiano da Escola. Aparentemente, o processo ensino-aprendizagem iria muito bem, não fossem os problemas existentes nos que aprendem. (COLLARES; MOYSÉS, 1994, p. 24)

Os “distúrbios de aprendizagem” tem sido mais “recorrentes” em crianças em processo de alfabetização; na seção a seguir, explanamos sobre este processo, a fim de evidenciar os pontos relevantes que levam ao fracasso e que podem ser utilizados como indícios de distúrbios de aprendizagem.
2.     O processo de alfabetização e as dificuldades
As dificuldades de leitura apresentadas pelas crianças que compõem o ensino fundamental menor são enormes, elas não entendem, por exemplo, por que falam de um jeito e escrevem de outro. Como falante da língua que é, essa criança já percebeu que existem diferenças entre a fala e a escrita e também que existem modos diferentes de se falar a mesma coisa, ou seja, há variação linguística. Por conta disso, cabe ao professor estar atento à variedade que seu aluno pratica, uma vez que a distância entre o oral e o escrito será algumas vezes muito grande, cabendo explicações específicas, pois, embora o sistema escrito seja um só para todos, a diversidade reina na fala (cf. FREITAG, 2010; 2011).
Esses aspectos demonstram a necessidade de se trabalhar a consciência fonológica no ciclo infantil. Consciência fonológica, de acordo com Scliar-Cabral (2009), não é um método, mas uma estratégia de trabalho que facilita a aprendizagem da leitura pela criança. O aluno precisa aprender que as palavras são formadas por pedacinhos representados por letras. Mudando uma pela outra, muda o seu significado (SCLIAR-CABRAL, 2003, p. 40). Nessa perspectiva, a consciência fonológica incide na estratégia de trabalho consciente que leve a criança (alfabetizando) a desenvolver a capacidade de desmanchar a sílaba em pedacinhos menores. É a capacidade de fazer o alfabetizando perceber os sons (valor) de cada letra/grafema, em cada composição silábica, através do reconhecimento dos traços que diferenciam as letras entre si.
Cabe, assim, ao alfabetizador a necessidade de estar sempre trabalhando os valores que uma ou duas letras (grafemas) têm de representar os fonemas. Nesse caminho, é importante salientar que o ensino muitas vezes tem sido baseado no método tradicional o qual busca fazer as crianças reconhecerem as letras através de seus “nomes”. Tal método não é adequado, pois: “a decodificação precisa ser aprendida pelo valor que as letras têm, muitas vezes condicionada pelo contexto, e não por seus nomes” (SCLIAR-CABRAL, 2008, p. 16). Porque, às vezes, uma determinada letra sempre tem o mesmo valor, como “f”, “b”, “p”, “t” (há uma correspondência biunívoca entre elas), outras vezes, uma determinada letra poderá ter mais de um valor (não há uma correspondência biunívoca entre elas), por exemplo, o l em posição de início de sílaba equivale a um som diferente daquele quando está em posição de final de sílaba ou palavra, assim, em lua o som do l é diferente daquele da palavra sol.
Como resultado dessa concepção de alfabetização distorcida, segundo dados recentes do INEP, o estado de Sergipe tem os piores índices do país no ensino fundamental. Em 2011, o ensino fundamental teve taxa de reprovação de 9,6%. Os estados com maior índice total de reprovação neste ciclo do ensino básico são Sergipe (19,5%) e Bahia (18,5%). A rede estadual de Sergipe também têm os piores índices do país: 26,6%.
Sendo assim, fica ainda mais evidente a importância da alfabetização efetiva dos alunos. Para isso, é preciso professores bem formados e aptos a acompanharem de perto e individualmente o processo de aprimoramento das habilidades que envolvem a alfabetização, de cada aluno, buscando diagnosticar possíveis dificuldades, sejam elas de cunho pedagógico, social ou patológico.
3.     Avaliações oficiais e o fracasso escolar: a saída patologizante
Os resultados das avaliações no Brasil vêm apresentando pequenos avanços ao longo dos anos, mas que são insuficientes se for levada em conta a importância das questões em torno da alfabetização para educação. Isso fica mais evidente quando os dados observados são de avaliações de abrangência mundial, como o PISA, em que o resultado do Brasil fica muito aquém ao de países muito menos desenvolvidos economicamente.
De maneira geral, os resultados dessas avaliações refletem o fracasso escolar no país, mas o importante para solucionar o problema é não procurar culpados, pois é muito comum ouvir que o desempenho insatisfatório nos bancos escolares são resultados de falta de preparo dos professores, patologia dos alunos. Um problema dessa magnitude apresenta muitos agentes causadores, principalmente o reflexo histórico de toda uma sociedade, como mostram dados do Inaf - O Indicador de Analfabetismo Funcional – que foi criado em 2001, com o objetivo principal de fornecer informações sobre habilidades e práticas de leitura, escrita e matemática dos brasileiros entre 15 e 64 anos de idade, com o intuito de estimular iniciativas da sociedade e dar suporte à formulação de políticas públicas nas áreas da educação e da cultura. Desse modo, é possível averiguar a situação da população quanto aos principais resultados da educação escolar.
Tabela 3: Níveis de analfabetismo, segundo a escolaridade. Dados do Brasil – 2009
Fonte: Relatório do INAF 2009

Nenhuma escolaridade
1ª a 4ª séries
5ª a 8ª séries
Ensino médio
Ensino Superior

Analfabeto
66%
9%
0
0
0

Analfabeto functional
95%
52%
24%
5%
1%


Os dados mais recentes referentes a esta avaliação datam de 2009 (tabela 3) e nos levam às seguintes conclusões: Entre os brasileiros que nunca foram à escola ou não chegaram a completar a primeira série, 66% são analfabetos absolutos e 95% analfabetos funcionais. 9% dos indivíduos que cursaram as quatro primeiras séries do ensino fundamental ainda são analfabetos absolutos, não conseguindo nem mesmo decodificar palavras e frases, ainda que em textos simples.
Em suma, é preciso entender que uma boa alfabetização é quesito primordial para uma educação de qualidade, e os resultados das avaliações só vêm a evidenciar aquilo que vivenciado nas escolas de todo o país, em que alunos são promovidos ano a ano, sem as mínimas habilidades em leitura e escrita e, consequentemente, sem apresentar um desempenho satisfatório em produção e interpretação de textos.
Considerações finais
Para explicar o fracasso escolar, na maioria das vezes, busca-se somente um culpado, ou seja, alguém que possa assumir, sozinho, os déficits de aprendizagem. A atuação de um profissional da educação pode servir tanto para determinar “o culpado” que se procura, ou seja, patologizar o educando, como para desmitificar o conceito unilateral e reducionista de que os problemas ou dificuldades de aprendizagem residem numa única explicação. O fracasso escolar pode ser causado por diversos fatores, sejam eles de ordem psicológica, social ou estrutural e organizacional da escola e/ou do sistema. Em muitos casos, tais fatores atuam simultaneamente.
As avaliações de alfabetização vêm aumentando no Brasil e, com elas, o uso dos termos patologização e fracasso escolar. O termo “dificuldade de aprendizagem” tem sido comumente usado e quase sempre com o sentido de que o aluno apresenta problemas, sejam eles psicológicos ou socioculturais, para aprender. Outras concepções não são abordadas como a posição do professor frente ao processo de alfabetização, uma vez que o modo de considerar esse processo irá acarretar na aprendizagem do aluno. Nessa perspectiva, nessa etapa de aquisição de conceitos, a criança vai adquirir a base de toda a sua aprendizagem. Dessa maneira, a forma como o educador trata a leitura, por exemplo, vai determinar se o aluno vai gostar de ler ou não, futuramente.
Em uma segunda etapa de nossa investigação, iremos colher a percepção dos professores sobre a patologização da educação para fechar a abordagem. Vale ressaltar que o educador deve estimular o desenvolvimento das crianças de uma forma geral, sejam elas crianças com desenvolvimento normal das suas habilidades, sejam crianças que apresentam algum tipo de alteração neste desenvolvimento.

Referências
ALMEIDA, A. N. S. DE A. (2012) Caracterização de narrativas orais e escritas e sua convergência com o desempenho de alfabetizandos na Provinha Brasil: uma análise do processo de letramento. Dissertação (mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, São Cristóvão.
ANTÔNIO, G. D. R. (2010). Dislexia: o excesso de diagnósticos e o reflexo na vida das crianças. In Anais do SETA, n. 4, p. 406-416.
BRASIL (2010). Indicadores Educacionais. Brasília, MEC/INEP. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/indicadores-educacionais>. Acessado em: 30 de setembro de 2011, às 19: 23.
BRASIL (2010). Prova Brasil 2009. Brasília, MEC/INEP. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/prova-brasil-e-saeb>. Acessado em: 05 de outubro de 2011, às 8: 05.
COLLARES, C. A. L.; MOYSÉS, M. A. A (1994). A transformação do espaço pedagógico em espaço clínico (a patologização da educação). In Série Ideias n. 23, p. 25- 31.
FREITAG, R. M. K. (2010) Implicações da variação na alfabetização: a lateral palatal e seus correspondentes grafêmicos. In Leitura, v. 1, p. 37-56.
FREITAG, R.M: K. (2011) Entre norma e uso, fala e escrita: contribuições da Sociolinguística à alfabetização. In Nucleus, v. 8, p. 1-10.
ROSÁRIO, M. M. S. (2012) A habilidade de leitura na provinha Brasil: análise contrastiva entre a aplicação e os resultados de duas escolas da rede municipal de Aracaju/SE. Dissertação (mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, São Cristóvão.
SCLIAR-CABRAL, L (2003). Princípio do sistema alfabético do português do Brasil. São Paulo, Contexto.
SCLIAR-CABRAL, L. (2008). Processamento bottom-up na leitura. In Veredas, n. 2, v. 2, p. 24-33.



[1] Trabalho vinculado ao projeto Ler+Sergipe: leitura para o letramento e cidadania, financiado pelo Programa Observatório da Educação (OBEDUC), edital 38/2010/CAPES/INEP.
[2] Graduanda / UFS. Bolsista OBEDUC barreto.martha@hotmail.com
[3] Graduanda / UFS. Bolsista OBEDUC michelle.violino@hotmail.com
[4] Graduada / UFS. Supervisora OBEDUC sammela88@yahoo.com.br
[5] UFS/CNPq. Coordenadora geral OBEDUC rkofreitag@uol.com.br
[6] O SAEB foi criado em 1990, com avaliação bienal; é realizado pelo INEP, abrangendo alunos das séries finais, 4ª série, 8ª série e 3º ano do Ensino Médio, das redes públicas e privadas do país, nas zonas urbana e rural. São aplicadas provas de português e matemática; a avaliação é feita por amostragem e os resultados são apresentados por estado e federação. Já a Prova Brasil, criada em 2005, também bienal, é aplicada apenas nas 4ª e 8ª séries das escolas de ensino fundamental público da zona urbana, em turmas que tenham no mínimo 20 alunos matriculados.
[7] O IDEB, criado pelo INEP em 2007, é um indicador as qualidade de cada escola de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho dos estudantes em avaliações do INEP e em taxas de rendimento. 

domingo, 24 de março de 2013

TEXTO: Conhecimento e Ação do Professor



TEXTO: Conhecimento e Ação do Professor


   Segundo La Taille (2010), o conhecimento é ter informações sobres variados assuntos ou temas, este por sua vez também pode ser investido de afetividade, tornando-se dessa maneira um valor.
    A valorização do conhecimento pode se dá através de várias situações, dentre  elas pode-se ressaltar o valor ou a valorização meio, onde este tipo de valor está no progresso pessoal, que busca por meio do conhecimento obter sucesso na vida; no progresso social que visa através do conhecimento ajudar mais a humanidade; e na busca para se proteger da alienação, de mentiras e de mitos que circulam e nesse caso temos o conhecimento como um saber necessário à autonomia intelectual.
    Atualmente estamos sujeitos aos mais diversos meios de informação e em um fluxo maior, entretanto, o conhecimento  não se tornou melhor que os das gerações anteriores, tem-se sim mais informações porém  é necessário que sejam filtrados para que essas informações se tornem conhecimento. É de suma importância  destacar que, nos dias de hoje, a busca da sociedade pelo  conhecimento é mínima , ficando em segundo plano.Há também o fato de que a idéia de progresso social perdeu um grande espaço, assim como o papel da ciência no desenvolvimento da humanidade está sendo cada dia mais descartado. É notável também que  os diplomas são essências para se alcançar um mérito,todavia verifica-se que eles não garantem emprego. Outro aspecto que podemos citar é que o valor da postura crítica está em constante declínio , visto que  refletir tem menos valor que emocionar-se.
   Há inúmeras fontes de informação, entre tanto, a única que leva realmente ao conhecimento e que, por sua vez é a responsável por ele é  a instituição educacional. Muitos alunos fazem trabalhos pela internet, mas eles não adquirem conhecimento sobre o que fizeram. Os professores devem mostrar aos seus alunos que o conhecimento não tem preço, pois conhecer a respeito de tal informação é um grande valor adquirido, dessa maneira haverá sempre harmonia entre esse professor e seus alunos.


La Taille, Yves de; Silva, Nelson Pedro; Justo, José Starza. Indisciplina/Disciplina: ética, moral, e ação do professor. Porto Alegre: Mediação,2010.




Texto: Considerações Gerais

      De acordo com SILVA (2010) nos dias atuais estamos vivendo uma intensa crise de valores. Atualmente as pessoas vivem com medo e mostram-se descrentes em relação à capacidade das instituições, militar, escolar ou político-partidária, de deter a corrupção, a falta de ética, a violência, entre outros. Por isso, elas próprias, constroem estratégias para adquirirem sua segurança.
 Ainda segundo o autor, há um consenso de que hoje o mundo vive em crise moral e ética, a ponto de as pessoas se mostrarem indiferentes, indecisas ou perdidas quando pensam sobre o amanhã que sonham para si e seus próximos. Dessa forma, veem-se incapazes de ensinar aos seus filhos como viver ou os educam segundo a “pedagogia” da violência em vez do diálogo, levam-nos a ver o presente como um fim em si e a priorizar certos tipos de glória, como o prestígio social a todo custo. Quanto à escola, Silva afirma que os alunos não respeitam os limites que devem assegurar a existência de si e a da sociedade. Já os professores, por sua vez, não sabem como agir e acabam aplicando punições ineficientes, além de demonstrarem pessimismo a eficácia de novas punições, que não sabem quais delas devem ser empregadas. Com isso, a indisciplina escolar pode, em parte, ser superada se alunos e professores se relacionarem. Ademais, é importante ressaltar que a indisciplina é também produzida pelas relações interpessoais e só pode ser superada se esta dimensão for trabalhada levando-se em consideração os aspectos sociais mais amplos e outros diretamente ligados à política educacional em vigência. Ainda de acordo com o autor, um dos questionamentos para a disciplina é a criação do vínculo entre professor- aluno, pois só se respeitarão se o educador for visto como autoridade, o que só é possível se ele fizer parte da subjetividade do aluno. Portanto, é preciso que tanto o professor quanto o aluno compreendam que a disciplina é a base para existência da relação pedagógica. Sem ela, o professor não conseguirá ensinar e o aluno tampouco aprenderá.

Referência

LA TAILLE, Yves de; SILVA, Nelson Pedro; JUSTO, José Sterza. Indisciplina/Disciplina: ética, moral e ação do professor. Porto Alegre: Mediação, 2010.

Artigo: Hiperatividade x indisciplina


ARTIGO 
Hiperatividade X Indisciplina: Contribuições para o Cotidiano Escolar
Autoras: Neiva Terezinha Chaves Leite e Josiane Peres Ferreira




Introdução
No cotidiano da sala de aula nos deparamos com alunos agitados, que arrancam os brinquedos de seus colegas, andam de um lado para o outro e não conseguem ficar muito tempo sentado, no mesmo lugar. Nunca terminam as tarefas solicitadas. Em algumas vezes chegam a ser agressivos. Esse comportamento, geralmente confundido com indisciplina, é característico de um distúrbio de atenção que, de acordo com Gentile (2000), atinge 5% das crianças e adolescentes de todo o mundo: a hiperatividade. Conhecer os sintomas e aprender a lidar com esse problema é uma obrigação de qualquer professor que não queira causar danos a seus alunos. Afinal, a demora em diagnosticar o caso pode trazer sérias conseqüências para o desenvolvimento da criança.
Esse artigo busca orientar pessoas, principalmente, pais professores sobre o TDAH. Ele aborda a história, o que é hiperatividade, seus sintomas, medicamentos, como prevenir e a intervenção do professor e de profissionais como o psicólogo, neurologista e o psicopedagogo.
Todavia, relata como tratar alunos com indisciplina ou falta de limites. Por isso, muitas vezes cabe ao professor perceber a agitação do aluno. Se ela persistir deverá procurar ajuda da escola e posteriormente encaminhar para outros especialistas da área.


Com efeito, observei seis alunos de primeira série com queixa de déficit de atenção e agitação. Com a ajuda de uma psicóloga realizamos um questionário elaborado pela psicóloga Edyleine, (2000), TDAH-Escala de Transtorno de Déficit de Atenção/ hiperatividade para fazer uma previsão do suposto transtorno.

Conforme relatos da autora só o diagnóstico da escala usada não é o suficiente para detectar o problema, mas pode ser encaminhada para posterior investigação. Com o resultado procurei bibliografias para ajudar pais e professores a conviverem ou amenizarem o transtorno.
Com isso, o trabalho ficou assim divido: História do TDAH; Conceito do que é Hiperatividade; Tratamento convencional; Alguns fatos sobre a hiperatividade; Quadro clínico; Diagnóstico, orientação à escola e prognóstico; Indisciplina da classe; Metodologia; Resultado e discussão; Sugestões para intervenção do professor; O papel da psicopedagogia; Conclusão, Referências bibliográficas.
História do TDAH-Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
As primeiras referências aos transtornos hipercinéticos na literatura médica aparecem na metade do século XIX. Entretanto, somente no início do século XX começou-se a descrever o quadro clínico de uma maneira mais sistemática.(PETRY, 1999).
Para Arlete Petry (1999), na década de 1940, falava-se em lesão cerebral mínima. A partir de 1962, passou-se a utilizar o termo disfunção cerebral mínima, reconhecendo-se que as alterações características da patologia relacionam-se mais a disfunções em vias nervosas do que propriamente a lesões nas mesmas. Na década de 80, com surgimento da terceira edição do DSM-III, (Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais), cunhou-se o termo distúrbio de déficit de atenção, que podia ou não ser acompanhado de hiperatividade. Mas, como continuou o debate, em 1987, com a organização do DSM-IV, voltou-se a dar maior ênfase a hiperatividade, modificando o nome da patologia para distúrbio de hiperatividade com déficit de atenção. Em 1994, o pêndulo voltou-se para o centro e a patologia passou a ser designada distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade.
Segundo Nass e Ross (apud, PETRY, 1998) a nomenclatura brasileira mais recente, é utilizado o termo transtorno em vez de distúrbio, ou seja, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
A etiologia para os autores não é específica. Incluem-se causas pré-natais (como as decorrentes do álcool na gestação, prematuridade), perinatais (anoxia ou hemorragia intracraniana etc) e pós-natais (seqüelas de doenças no início da infância, como encefalites, meningites, traumatismo crânio-encefálico etc). Fatores ambientais decorrentes de baixo nível sócio-econômico podem interferir na etiologia também.
Segundo Bierdeman e seus colaboradores (apud, Arlete Petry), os aspectos genéticos são significantes, principalmente entre os meninos. Eles verificaram que 20% dos pais e 21% dos irmãos de crianças com TDAH também eram acometidos por esta afecção.
O Que é a Hiperatividade
A hiperatividade, segundo Lancet (1998) denominada na medicina de desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Os sintomas variam de brandos a graves e podem incluir problemas de linguagem, memória e habilidades motoras. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.
O comportamento hiperativo pode estar relacionado a uma perda da visão ou audição, a um problema de comunicação, como a incapacidade de processar adequadamente os símbolos e idéias que surgem, estresse emocional, convulsões ou distúrbios do sono. Também pode estar relacionado à paralisia cerebral, intoxicação por chumbo, abuso de álcool ou drogas na gravidez, reação a certos medicamentos ou alimentos e complicações de parto, como privação de oxigênio ou traumas durante o nascimento. Esses problemas devem ser descartados como causa do comportamento antes de tratar a hiperatividade da criança
O verdadeiro comportamento hiperativo interfere na vida familiar, escolar e social da criança. As crianças hiperativas têm dificuldade em prestar atenção e aprender. Como são incapazes de filtrar estímulos, são facilmente distraídas. Essas crianças podem falar muito, alto demais e em momentos inoportunos. As crianças hiperativas estão sempre em movimento, sempre fazendo algo e são incapazes de ficar quietas. São impulsivas. Não param para olhar ou ouvir. Devido à sua energia, curiosidade e necessidade de explorar surpreendentes e aparentemente infinitas, são propensas a se machucar e a quebrar e danificar coisas.
As crianças hiperativas toleram pouco as frustrações. Elas discutem com os pais, professores, adultos e amigos. Fazem birras e seu humor flutua rapidamente. Essas crianças também tendem a ser muito agarrado às pessoas. Precisam de muita atenção e tranqüilização. É importante para os pais perceberem que as crianças hiperativas entenderam as regras, instruções e expectativas sociais. O problema é que elas têm dificuldade em obedecê-las. Esses comportamentos são acidentais e não propositais.
Para Lancet (1998), a criança hiperativa quando sai com sua família, uma ida a um parque de diversão ou supermercado pode ser desastrosa. Há simplesmente muita coisa acontecendo, muito estímulo ao mesmo tempo. Devido à sua incapacidade de concentrar-se e ao constante bombardeamento de estímulos, a criança hiperativa pode ficar estressada.
A criança hiperativa pode ter muitos problemas. Apesar da "dificuldade de aprendizado", essa criança é geralmente muito inteligente. Sabe que determinados comportamentos não são aceitáveis. Mas, apesar do desejo de agradar e de ser educada e contida, a criança hiperativa não consegue se controlar. Pode ser frustrada, desanimada e envergonhada. Ela sabe que é inteligente, mas não consegue desacelerar o sistema nervoso, a ponto de utilizar o potencial mental necessário para concluir uma tarefa a criança hiperativa muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima.
Um especialista em comportamento infantil pode ajudá-lo a distinguir entre a criança normalmente ativa e enérgica e a criança realmente hiperativa. As crianças até mesmo as menores podem correr, brincar e agitarem-se felizes durante horas sem cochilar, dormir ou demonstrar qualquer cansaço. Para garantir que a criança realmente hiperativa seja tratada adequadamente e evitar o tratamento inadequado de uma criança normalmente ativa é importante que seu filho receba um diagnóstico preciso.
Segundo a equipe abc de saúde, durante a primeira ou a segunda consulta médica, a criança hiperativa pode ser comportar de forma quieta e educada. Sabendo o que é esperado, pode se transformar em uma criança "modelo". Devemos estar preparados para descrever, de forma precisa e objetiva, o comportamento da criança em casa e nas atividades sociais. Se uma criança está encontrando dificuldade na escola, o professor que converse com o médico ou envie-lhe um relatório por escrito. Pode ser preciso várias consultas antes que o comportamento hiperativo torne-se aparente. Não devemos nos preocupar, pois um especialista em crianças, geralmente, pode realizar um diagnóstico preciso.
Ao tratar da criança hiperativa, a nossa meta é ajudá-la a fazer o melhor possível, em casa, na escola, e com os amigos. Lembremo-nos sempre de que a criança estará lutando com todas as forças para superar uma deficiência do sistema nervoso. É preciso dizer aos pais que não se sintam envergonhados ou culpados quando seu filho não se comportar bem.
Os pais da criança hiperativa merecem muita consideração. É preciso muita paciência e vigor para amar e apoiar a criança hiperativa em todos os desafios e frustrações inerentes à doença. Os pais da criança hiperativa estão sempre preocupados e atentos, sempre "em alerta". Conseqüentemente, é fácil sentirem-se cansados, abatidos e frustrados, às vezes. É de importância vital para os pais da criança hiperativa serem bons consigo mesmos, descansar quando apropriado, além de buscar e aceitar o apoio para eles e para o filho.
Tratamento Convencional
Conforme Abrichaim (2001) antes de qualquer tratamento, um exame físico deve se feito para descartar outras causas para o comportamento da criança, tais como infecção crônica do ouvido médio, sinusite, problemas visuais ou auditivos ou outros problemas neurológicos.
O metilfenidato é o medicamento mais comumente receitado para hiperatividade. É um estimulante que tem efeito paradoxal de acalmar o sistema nervoso e aumentar a capacidade da criança hiperativa de prestar atenção. Contudo, os pais não devem deixar de verificar com seu médico antes de parar de dar esse medicamento a seu filho.
Conforme Abrichaim (2001), a tioridazina é um tranqüilizante ao qual se pode recorrer se a criança for extremamente agressiva e, nesse caso, apenas nas situações mais difíceis.
Na maioria das circunstâncias, o medicamento para a hiperatividade pode ser interrompido durante o verão e retomado quando as aulas começarem novamente, após as férias. Essa conduta pode limitar alguns dos efeitos colaterais prolongados desses medicamentos. Após um verão sem medicamento, talvez seja útil deixar que o aluno freqüente as primeiras semanas de aula sem qualquer medicação. Considere esse período como um teste para determinar se a criança pode passar sem o medicamento. (Os pais devem conversar sempre com o médico antes de descontinuar qualquer tratamento, durante qualquer período de tempo).
Quanto à prevenção, Abrichaim (2001), diz que é importante ressaltar que durante a gestação, a mãe deve manter-se longe da exposição de chumbo ambiental ao mínimo possível e eliminar o álcool. O dois tem sido relacionado a hiperatividade.
A futura mamãe não deve deixar que seu filho se exponha ao chumbo. As fontes mais comuns de exposição ao chumbo são tinta à base de chumbo, água potável e cerâmica mal esmaltada.
Alguns fatos sobre a Hiperatividade
A equipe abc de saúde relata que embora muitos pais de crianças enérgicas perguntem aos médicos sobre a hiperatividade, ela não é problema comum. De acordo com um artigo publicado no British Journal of Psychiatry, apenas 3% das crianças são realmente diagnosticadas com a desordem do déficit de atenção. A hiperatividade é dez vezes mais comum nos meninos do que nas meninas.
A causa ou causas exatas da hiperatividade é desconhecida. A comunidade médica teoriza que a desordem pode ser resultado de fatores genéticos; desequilíbrio químico; lesão ou doença na hora do parto ou depois do parto; ou um defeito no cérebro ou sistema nervoso central, resultando no mau funcionamento do mecanismo responsável pelo controle das capacidades de atenção e filtragem de estímulos externos. Metade das crianças hiperativas tem menos problemas comportamentais quando seguem uma dieta livre de substâncias como flavorizantes, corantes, conservantes, glutamato monossódico, cafeína, açúcar e chocolate.

sábado, 23 de março de 2013

Texto: Dicas de como trabalhar com alunos hiperativos


 
1- Substituir a cultura da culpa pela da responsabilidade
           
            Os professores estão deixando de atribuir a criança e ao adolescente a culpa por sua indisciplina e passando, no seu lugar, a acusar a família. É importante conscientizá-los que os fatores que influenciam a indisciplina vão desde as razões sociais amplas até as mais prosaicas  e ligada a atual política educativa.

2- Tentar “conscientizar” os envolvidos
            As crianças os adolescentes e a comunidade em geral tomem consciência da sua responsabilidade na prevenção da escola.

3- Democratizar os envolvidos
             A conscientizar a comunidade acerca do fato de que a instituição escolar é pública só é possível com a democratização das relações sociais.

4- Deixar de conceber o aluno indisciplinado como problema
            As crianças e os adolescentes não devem ser responsabilizados pela indisciplina. O problema “não é  deles e não está neles”. Tem-se atentar para a política educacional,pois ela desconsidera a realidade partindo, assim, de um modelo ideal de criança e de adolescente.

5- Propiciar orientação pedagógica, psicopedagógica e psicológica
            A formação do Educador é sem dúvida, um fator que contribui para a diminuição dos índices de indisciplina nas escolas.

Referência:

LA TAILLE, Yves de; SILVA, Nelson Pedro; JUSTO, José Sterza. Indisciplina/Disciplina: ética, moral e ação do professor. Porto Alegre: Mediação, 2010.